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Como nasce um bom projeto? Com Ana Paula, da AIPA Arquitetura

Se arquitetura é, acima de tudo, escuta e tradução, o trabalho da arquiteta Ana Paula (@aipaarquitetura) revela como o desenho dos espaços pode ser, também, um processo de autoconhecimento.

À frente da AIPA Arquitetura e Interiores, ela se dedica a construir lugares que expressam não apenas gostos ou estilos, mas histórias: aquelas que moram dentro de cada cliente e que pedem para ganhar forma, cor e textura.

Com uma metodologia sensível chamada psicoarquitetura, Ana mergulha no universo emocional de quem vai habitar o projeto, transformando lembranças, desejos e recomeços em ambientes que acolhem, organizam e inspiram. Mais do que estética, o que move seu traço é o afeto.

A seguir, ela compartilha conosco como esse processo acontece e de que forma a Calha Úmida passou a fazer parte de soluções que respeitam e transformam o cotidiano de tantas pessoas

1. Como começa o processo de concepção dos seus projetos?

Nos projetos residenciais da AIPA Arquitetura e Interiores, tudo começa com um olhar para dentro, aquilo que habita no interior da personalidade de cada cliente. Nosso processo de concepção não parte apenas de referências estéticas ou tendências, mas da história e identidade de quem vai habitar aquele espaço. Costumo dizer que fazemos ‘Arquitetura de Dentro pra Fora’: primeiro mergulhamos no universo emocional do cliente, entendemos seus desejos, suas memórias, seus hábitos, até os detalhes mais sutis que compõem a rotina.

Esse processo acontece através da psicoarquitetura, um método que utilizamos para transformar autoconhecimento em arquitetura. Fazemos perguntas que parecem simples, mas revelam muito: ‘O que mais te irrita na rotina da casa?’ ou ‘Qual a memória mais especial que você tem da sua casa na infância?’. A partir dessas respostas, vamos traçando não só um conceito estético, mas uma atmosfera que represente quem a pessoa, ou as pessoas quando se trata de uma família, realmente é.

2. De que maneira você faz o equilíbrio entre aquilo que o cliente pede e precisa e a sua assinatura profissional?

Esse equilíbrio é, para nós da AIPA, a parte mais encantadora do processo. O cliente traz sua bagagem emocional e funcional, suas necessidades, desejos e até inseguranças. A nossa função como arquitetas é traduzir isso em soluções práticas, mas sem abrir mão do olhar sensível, da criatividade e da leveza que marcam a assinatura da AIPA.

Não imponho uma estética pronta. Pelo contrário, trabalho como uma facilitadora, costurando os sonhos do cliente com o conhecimento técnico que acumulei em 12 anos de profissão. Cada projeto é único, mas todos carregam a marca da brasilidade leve, colorida e acolhedora que faz parte da nossa essência. Se não for no projeto em si, é no processo até a conclusão da obra, seja presencial ou a distância. O cliente se reconhece no resultado, e ainda assim percebe um toque que sozinho não ousaria trazer.

3. Qual projeto te marcou e que resume bem a sua forma de trabalho?

Na verdade, todos os projetos nos marcam muito, cada um à sua maneira. Existe algo em comum entre eles: quase sempre chegam até nós pessoas que estão vivendo um recomeço. Às vezes é uma mudança externa como uma separação, um casamento, a chegada de um filho, luto ou a mudança para uma nova cidade. Outras vezes, é uma mudança interna, um recomeço sobre si mesma: um processo de autoconhecimento em que a pessoa sente que sua casa também precisa refletir essa nova fase.

E assumir essa responsabilidade de traduzir fases tão cheias de esperança em arquitetura é profundamente satisfatório.

Um exemplo marcante foi uma cliente que estava reconstruindo a vida após uma separação. Ela queria que a casa representasse esse novo capítulo, mas tinha receio de repetir erros e de não conseguir imprimir sua identidade no espaço. Nesse projeto, aplicamos com intensidade o conceito de Casa como Terapia: cada detalhe foi pensado como um símbolo de recomeço. A sala ganhou cores e leveza, o quarto se transformou em um refúgio de paz.

O resultado foi tão transformador que ela me disse: ‘Pela primeira vez sinto que a minha casa é sobre mim e como eu sou.’

Esse depoimento resume exatamente o que buscamos: não apenas entregar ambientes bonitos, mas criar lugares onde as pessoas se reconheçam, se curem e possam viver suas novas fases com mais leveza.

4. Qual foi o momento decisivo que fez você enxergar a Calha Úmida como parte da solução?

O momento decisivo aconteceu em 2021, quando aplicamos a Calha Úmida em um projeto de cozinha residencial. Nossa cliente buscava praticidade sem abrir mão da estética, e estava determinada a eliminar da bancada qualquer item visualmente pesado.

O produto atendeu perfeitamente a essa demanda: organização inteligente, rotina mais leve e visual limpo.

O mais interessante é que, anos depois, essa casa foi vendida. E a nova moradora, ao nos contratar para a reforma, fez questão de manter a Calha Úmida. Foi um sinal claro de que, quando uma solução é boa, ela atravessa fases e moradores, e permanece essencial no cotidiano.

5. Como o cliente reagiu ao perceber que os produtos realmente fizeram a diferença em seu dia a dia?

A primeira cliente adorou a praticidade no uso diário, dizia que cozinhar se tornou mais prazeroso porque tudo estava à mão e organizado, e ela finalmente se livrou dos modelos tradicionais de escorredores que tanto a incomodavam.

Agora, com a casa vendida, a segunda cliente reforçou o mesmo sentimento: ‘Esse detalhe eu não abro mão, quero que permaneça na cozinha.’

Isso mostra que a Calha Úmida vai além de um item de design. Ela realmente transforma a experiência cotidiana.

Para nós da AIPA, é muito gratificante perceber que um produto que escolhemos para um projeto acaba se tornando parte essencial da vida de diferentes pessoas que passam por aquele espaço.

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