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Como nasce um bom projeto? Por Natih Gonçalves

Como nasce um projeto capaz de emocionar, acolher e fazer parte das memórias de uma família? Para muitos, arquitetura é sobre materiais, medidas e estética. Mas para a arquiteta Natih Gonçalves, cada projeto começa muito antes do layout: ele nasce nas histórias, nos hábitos e no modo único como cada pessoa vive o próprio lar.

Nesta entrevista exclusiva, Natih abre sua visão sensível sobre o processo criativo, revela como equilibra sua assinatura autoral com a identidade de cada cliente e compartilha um dos projetos mais marcantes da sua trajetória.
Entre escolhas afetuosas, decisões funcionais e detalhes que fazem diferença no dia a dia, Natih também conta como produtos como a Calha Úmida entram como aliados essenciais para criar espaços fluidos, organizados e pensados para a vida real.

Prepare-se para mergulhar em uma conversa que mostra que arquitetura não é apenas sobre projetar ambientes, mas sobre projetar histórias.


1.⁠ ⁠Quais elementos você considera indispensáveis no início da concepção de um projeto?

No início de qualquer projeto, para mim, o mais indispensável é escutar. Antes de pensar em paleta, mobiliário ou layout, eu preciso entender quem vai viver ali, quais são os hábitos, as rotinas, as histórias e os sonhos que essa pessoa carrega. Costumo dizer que o projeto começa muito antes do desenho: Ele nasce nas conversas, nos cafés, nos detalhes que o cliente conta sem perceber. A casa é mais do que paredes e medidas. Ela é uma extensão do mundo interno de quem vive ali. Então, antes de abrir o computador, eu observo como essa pessoa se movimenta no espaço, o que ela valoriza no cotidiano, quais objetos têm histórias e o que ela precisa e o que ela sonha. A parte técnica ela entra para abraçar todos esses desejos de forma funcional no dia a dia.

2.⁠ ⁠Como você equilibra as necessidades do cliente com sua assinatura autoral?

Eu acredito que a assinatura de um arquiteto não é algo imposto, é algo que se encontra no caminho. Minha essência está sempre ali: na busca pelo acolhimento, pelas texturas naturais, pelas cores, pelo jeito que cada espaço tem sua essência única. Mas quem mora no espaço não sou eu. Então eu não projeto para criar um cenário bonito de capa de revista, projeto para criar um lar com significado para aquela pessoa. A minha arquitetura não é para que as pessoas olhem e digam “isso é da Natih”, é para que as pessoas entrem e digam: “Isso sou eu.” Então, eu acredito que o equilíbrio acontece entendendo o que verdadeiramente importa para o cliente. Eu acolho suas referências, seus gostos, seus medos, suas lembranças, suas rotinas. É um processo de guiar, orientar, propor, mas jamais substituo a identidade do cliente pela minha. Meu papel é clarear caminhos, não determinar verdades.


3.⁠ ⁠Tem algum projeto que te marcou e que resume bem a sua forma de projetar?

Sim. A cozinha azul é um projeto que me marcou profundamente. Foi o nosso terceiro projeto juntos e novamente foi muito especial. Desde a primeira conversa, eu senti que aquele espaço seria o coração da casa. O casal queriam uma cozinha funcional, mas acima de tudo, acolhedora e um lugar onde pudessem viver o dia a dia em família, cozinhar juntos, conversar,descansar. O azul não foi apenas uma escolha estética. Era uma cor que trazia calma, memória e pertencimento. A madeira aqueceu, a iluminação suavizou, e a bancada em U organizou o movimento da rotina. Mas o que tornou esse projeto inesquecível foi o que aconteceu depois da entrega: a filha deles deu os primeiros passos ali, naquela cozinha. E naquele momento eu tive a certeza do que sempre acredito: quando o espaço passa a fazer parte das memórias de uma família, ele deixa de ser projeto e se torna lar. Essa cozinha resume tudo que eu busco criar: lugares que acolhem, que representam quem vive ali, e que carregam histórias que estão só começando.

4.⁠ ⁠Em que momento você decidiu incluir a Calha Úmida na proposta?

A decisão da Calha Úmida aconteceu quando eu entendi como essa cozinha seria vivida no dia a dia. Desde o começo, ficou claro que aquele espaço seria um lugar de convivência, onde a família estaria sempre reunida cozinhando, conversando... Eu sabia que a bancada precisava ser livre e prática. E a Calha Úmida traz exatamente isso: ela organiza o fluxo da pia, evita o acúmulo de louça sobre a bancada e facilita o movimento entre lavar, secar e guardar, sem interromper a leveza do ambiente. Ela não entrou como um detalhe técnico, entrou como uma solução que acompanha o jeito deles viverem: simplicidade, leveza e  funcionalidade.


5.⁠ ⁠Que feedback você recebeu do cliente sobre o uso no dia a dia?

O retorno deles foi muito positivo. A Suzy contou que a Calha Úmida fez uma diferença real na rotina. Eles disseram que não há mais água acumulada na bancada, o que já trouxe uma sensação imediata de leveza e cuidado com o espaço. Os pratos e utensílios ficam organizados no próprio eixo da Calha Úmida, sem espalhar objetos pela bancada toda. E o mais interessante é que, quando terminam de cozinhar, nem parece que ali existe um escorredor de louça porque tudo acontece de forma discreta, integrada ao desenho da bancada. A cozinha permanece visualmente limpa, sem aquele excesso de utensílios que muitas vezes pesa o ambiente e deixa com a cara de bagunça e roubando espaço útil de bancada. Ela me disse algo que resume perfeitamente: “A Calha Úmida deixou tudo mais funcional, mas sem tirar a beleza. A cozinha continua leve.” Esse é o tipo de solução que vai muito além de uma escolha técnica. É sobre criar praticidade e fazer com que o espaço acompanhe o ritmo da família.

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